Qual o papel da radiologia intervencionista na detecção precoce do câncer de próstata?

Novembro chegou e, junto com ele, a campanha Novembro Azul, cujo principal intuito é a conscientização sobre a saúde do homem, com destaque para o câncer de próstata e seu combate.

A próstata, responsável pela produção de parte do sêmen, é uma glândula do sistema reprodutor masculino localizada na parte inferior do abdômen – abaixo da bexiga e à frente do reto.

Este é um câncer que atinge principalmente homens mais velhos, geralmente a partir dos 65 anos. Em sua fase inicial, a doença não costuma apresentar sintomas, sendo importante, portanto, check-ups regulares da saúde para a sua identificação precoce, a partir dos 45 anos - ou até antes na presença de fatores de risco que trataremos adiante. Em sua fase avançada, alguns dos sinais do tumor são dores e vontade frequente de urinar, presença de sangue na urina ou sêmen e até mesmo dores ósseas.

Dentre os fatores de risco para a doença, o histórico familiar de câncer de próstata, obesidade e idade são os que devem ser avaliados sempre com atenção! Alguns desses tumores podem se desenvolver de maneira acelerada – com o risco de se espalharem para outros órgãos -, no entanto, a maioria tende a crescer de forma lenta e com baixa ameaça à saúde do paciente.

Contribuição da Radiologia Intervencionista

Em geral, o diagnóstico do câncer de próstata é feito a partir da biópsia guiada por imagens colhidas no ultrassom. A técnica, em que se retira uma pequena amostra da próstata para análise, é feita através do reto.

Essa amostra é colhida de maneira aleatória e, em alguns casos, a amostragem pode não ser suficiente para uma análise precisa. Quadros de tumores iniciais ou muito pequenos, ou quando o mesmo se encontra em regiões mais distantes do reto, são particularmente prejudicados por essa abordagem – que pode, inclusive, levar a um falso diagnóstico ou detecção excessiva de tumores pequenos e de menor risco.

A radiologia intervencionista tem trabalhado para que um protocolo e identificação de lesões mais assertivos possam ser alcançados!

A ressonância magnética multiparamétrica, com equipamento de avaliação da próstata, demonstra ser uma opção segura e aprimorada para a investigação de tumores no órgão. Como outros procedimentos da especialidade, este também é minimamente invasivo e possui enquanto principal aliado o avanço tecnológico de aparelhos radiológicos.

A técnica permite reconstruções tridimensionais das imagens, durante o procedimento de biópsia. Essa possibilidade não só aperfeiçoa a detecção de tumores de próstata, sejam eles agressivos ou não, como também reduz erros de diagnóstico.

As imagens da ressonância, sobrepostas às imagens da ultrassonografia - técnica conhecida também por biópsia guiada por fusão - são capazes de direcionar o instrumento da biopsia de modo acurado, principalmente quando comparado com a técnica comumente utilizada.

O desafio é a precisão

Seja ao tratar do câncer de próstata ou outros tumores, o grande desafio e objetivo da radiologia intervencionista é a precisão, para que a detecção de tumores significativos e de risco se torne cada vez mais efetiva.

A partir dessa possibilidade, o tratamento pode ser corretamente construído, pensando a individualidade, necessidades e abordagens para cada paciente e tumor.

A campanha Novembro Azul nos conscientiza sobre as vantagens que um diagnóstico preciso de cânceres de alto risco tem a oferecer, quando detectados precoce e corretamente.

A luta contra preconceitos e abordagem humanizada, também são as chaves para o combate ao câncer de próstata e saúde masculina integral! Apoie essa causa e conte sempre com a Neocure para o cuidado com a sua saúde.

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