Radiologia Intervencionista: Uma história sobre a busca da excelência médica

A possibilidade de navegar no corpo humano, alcançando os mais estreitos e distantes canais do organismo através das veias e artérias: o que um dia foi apenas imaginação e uma idealização do futuro, hoje se torna gradativamente realidade.

A Radiologia Intervencionista possui uma história rica, que mescla, primeiro, um profundo respeito e interação com o avanço tecnológico e, em segundo lugar, a busca pela ultrapassagem de limites e barreiras, cujo desafio sempre foi a recuperação da qualidade de vida de cada paciente a partir de métodos minimamente invasivos, com riscos reduzidos, e em que o organismo não é agredido pelo tratamento.

Aneurismas cerebrais, AVC isquêmico, trombose venosa, tumores malignos e hiperplasia da próstata são apenas alguns dos quadros em que a RI tem atuado diretamente e que, em um passado bastante recente, eram uma sentença ou então, um “caminho sem volta”.

Mas, qual a origem da RI?

Foi em 1964 que o americano Charles T. Dotter, ao tratar uma paciente de 82 anos com uma grave doença vascular periférica, se tornou pioneiro no que viria a ser a Radiologia Intervencionista. Pela primeira vez, era realizada uma angiologia de artéria femoral, com o uso de uma corda de guitarra instrumentalizada enquanto fio-guia e cateteres. A técnica, anos depois, ficou conhecida como “Dottering”.

O procedimento e Dotter, que buscava uma alternativa segura para as cirurgias abertas, carregavam consigo uma perspectiva realmente revolucionária: aparelhos de imagens, arteriografias e cateteres angiográficos enquanto uma ferramenta terapêutica e não apenas diagnóstica.

A trajetória da Radiologia Intervencionista não pode ser desvinculada da história da progressão e avanço da tecnologia dos exames de imagem, como por exemplo, a criação do raio-x e outros aparelhos de imagem, descoberta das possibilidades de uso do contraste e cateteres.

É a partir de todas essas possibilidades que os médicos intervencionistas puderem integrar e levar à prática, cada vez com mais profundidade, paradigmas de invasão mínima, e ainda assim efetivos, para um grande conjunto de adoecimentos.

Uma história de excelência

Da década de 60 para cá, marco desta história, os avanços foram muitos, e houve um vertiginoso aumento dos procedimentos guiados por imagens. O campo, complexidade e especializações da Radiologia Intervencionista ganharam espaço, pesquisas e destaque.

A Radiologia Intervencionista no passado, presente e provavelmente futuro, se caracteriza enquanto um campo do conhecimento médico que busca se desafiar diariamente, pesquisando novas tecnologias e propondo abordagens cada vez mais minuciosas. Este é um trabalho que se estabelece em parceira com outras áreas da medicina, clínicas e cirúrgicas.

Ao longo de nossos próximos textos você poderá conhecer outros aspectos primordiais da trajetória da Radiologia Intervencionista, seus principais pontos de virada e grandes conquistas. A ideia é apresentar um panorama completo dessa história tão bonita, da qual a Neocure se orgulha em fazer parte.

Não deixe de acompanhar!

Anterior
Anterior

Como a Radiologia Intervencionista pode beneficiar pacientes idosos?

Próximo
Próximo

Entenda a interação entre a Radiologia Intervencionista e a Gastroenterologia no tratamento de sangramentos gastrointestinais