Câncer de mama: como a radiologia intervencionista pode ajudar no tratamento?

Neocure cancer de mama

Bastante conhecido, o câncer de mama gera ainda hoje uma série de dúvidas, que em nada ajudam em seu combate ou conscientização sobre o problema!

A doença se caracteriza pela multiplicação anormal de células da mama: esse crescimento forma o tumor e ele, por sua vez, pode invadir outras partes do corpo. Quando esta invasão acontece, o quadro passa a ser classificado enquanto câncer metastático, em que há a formação de nódulos em outros órgãos, como fígado, ossos e pulmão.

A possibilidade das metáteses dependerá da agressividade do tumor e também da demora no diagnóstico da doença. Mais um importante motivo para a existência de campanhas como o Outubro Rosa, em que o autoexame e realização de exames preventivos regulares são incentivados!

O câncer de mama metastático, uma doença complexa e geralmente cercada de tabus, é tratável. Estabilizar e reduzir o crescimento dos nódulos, além de minimizar os sintomas causados pela doença, são o foco dos procedimentos adotados - desses, os mais conhecidos são a quimioterapia, a anti-hormonioterapia e a imunoterapia.

No entanto, procedimentos menos invasivos podem efetivamente beneficiar o tratamento e a qualidade de vida dos pacientes. Dentre esses, a ablação por radiofrequência, a quimioembolização e a radioembolização são recomendados.

Vamos conhecê-los?

O que é a radiologia intervencionista?

Trata-se de uma especialidade médica cujo foco de atuação são os procedimentos e cirurgias guiados por imagem, com o uso de tecnologia de ponta e com técnicas mais rápidas e efetivas.

Esses procedimentos são, em sua imensa maioria, realizados de forma percutânea ou endovascular através de drenos e cateteres, e se valem do suporte de exames de ultrassom, raio-x, ressonância, entre outros. Suas taxas de eficácia se provam tão bem-sucedidas quanto aquelas tradicionais - e, em alguns casos, até mesmo superiores.

Ablação por Radiofrequência

A técnica, guiada pelos exames de ecografia e tomografia, visa combater os tecidos malignos, provenientes do câncer de mama. Seguindo a proposta da radiologia intervencionista, é um procedimento minimamente invasivo realizado via laparoscopia, laparostomia ou percutânea. O raciocínio por trás do procedimento é simples: levar uma agulha especial até o tumor e provocar temperatura local e que leva à destruição do mesmo (conheça mais sobre a ablações tumorais).

Quimioembolização

A quimioembolização é outro procedimento pouco invasivo que pode ser adotado para a metástase de mama. Atua através da injeção de quimioterápicos no interior dos tumores e da interrupção do fornecimento de irrigação sanguínea aos mesmos, o que contribui para a sua redução.

Radioembolização

Através da injeção de esferas radioativadas administradas por via intra-arterial, este procedimento também visa mitigar o crescimento dos tumores apresentados pela paciente, com a redução do tamanho dos nódulos.

Riscos e indicações

De modo geral, os métodos intervencionistas apresentam riscos muito menores se comparados àqueles tradicionais. Hematomas e dor local são os principais, mas alguns outros efeitos colaterais podem se apresentar, como fadiga e náuseas.

Esses procedimentos são indicados no tratamento de câncer de mama, seja como reforço ao tratamento oncológico tradicional, de maneira prévia às cirurgias ou para melhor controle dos sintomas, de maneira paliativa.

Vale lembrar, a avaliação para cada procedimento é sempre individualizada! Entre em contato conosco caso deseje saber mais sobre as opções de tratamento.

Escrito por:

Dr. Lucas Moretti Monsignore

CRM/SP 121.017 - RQE 38.296/38.297

Atualmente um dos diretores da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (SOBRICE), entidade representativa da especialidade

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