Entrevista - Programa Alto Astral

Na segunda feira 01/02 foi ao ar a entrevista para programa Alto Astral, distribuído pela Tv Thathi de Comunicação com o comando de Patrícia Penteado. Dr Daniel Giansante Abud falou sobre aneurisma cerebral e esclareceu dúvidas da audiência.

A estimativa é que 3 a 5% da população é portadora de aneurisma cerebral. Muitas vezes é uma doença silenciosa e o paciente poderá passar a vida sem saber que é portador.

Para compartilhar dicas sobre cuidados e autonomia na terceira idade, os convidados são: Natália Minto Benedetti ,Terapeuta Ocupacional; Mauricio Benedetti, ...

O quadro Saúde em Foco, onde Dr Daniel fala sobre aneurisma: prevenção, diagnóstico e tratamento, tem início em 1:02:55.


Leia a transcrição da entrevista em texto adaptado:

O que é o aneurisma cerebral?

O aneurisma é como uma “bolha” que acontece na parede das artérias cerebrais. As artérias são o “encanamento” que levam o sangue pelo nosso corpo. Algumas pessoas têm pontos fracos nas paredes das artérias. Com passar do tempo, pode ocorrer nesse ponto fraco a formação de uma “bolha”, o aneurisma. Esse aneurisma pode crescer lentamente até se romper, o que leva a uma hemorragia cerebral, popularmente conhecido como derrame.

Qual a incidência dos aneurismas cerebrais? Quantas pessoas têm?

A estimativa é que 3 a 5% da população é portadora de aneurisma cerebral. Muitas vezes é uma doença silenciosa e o paciente poderá passar a vida sem saber que é portador.

Como sabemos ter um aneurisma?

Como geralmente não apresenta sintomas, na maioria das vezes apenas quando ele se rompe a pessoa terá conhecimento do aneurisma.

O que sentimos quando o aneurisma se rompe:

Uma dor de cabeça característica, é conhecida como a pior “dor de cabeça da vida”, de ocorrência única. Podem ocorrer outros sintomas como: desmaio, perda dos movimentos de uma parte do corpo ou até mesmo a morte.

O que o rompimento faz?

Causa uma hemorragia, o que é muito grave. É popularmente conhecida como “derrame cerebral”, que leva a morte em cerca de 30% das vezes que ocorre.

Como é feito o diagnóstico do aneurisma cerebral?

Atualmente, o diagnóstico geralmente é feito por exames de imagem não invasivos, como a angiotomografia, ressonância magnética. A angiografia cerebral por cateter é o exame ideal para o estudo detalhado e para planejar o tratamento do aneurisma.

Qual o tratamento do aneurisma cerebral?

O primeiro passo é avaliar se o aneurisma apresenta um risco considerável de causar ou não hemorragia/derrame.

Nos pacientes que nunca tiveram sangramento, é necessário avaliar os fatores de risco para ruptura, como: tamanho do aneurisma, localização, formato, presença ou não de pressão alta e o fumo. Aqueles pacientes com aneurismas com baixo risco podem ser apenas acompanhados clinicamente. Esse acompanhamento geralmente é feito com exames de imagem para avaliar o aneurisma ao longo dos meses e anos. Já nos pacientes que apresentem mais fatores de risco, o tratamento definitivo dos aneurismas pode ser indicado.

O tratamento tem como o objetivo de impedir a circulação de sangue na área do aneurisma, para reduzir ao mínimo as chances de ocorrer sangramento futuro. Ele pode ser realizado de duas maneiras:

- Tratamento cirúrgico aberto, com cirurgia aberta convencional, coloca-se um clipe, um grampo que tampa a entrada do aneurisma.

- Tratamento via endovascular - a técnica mais recente e inovadora com uso cada vez mais frequente. Nela, um catéter é introduzido pela artéria da virilha ou pela artéria da mão e à distância ele é navegado, pelo médico neurointervencionista, até o interior da circulação cerebral. Lá, por meio do cateter, ele vai ocluir o aneurisma fazendo com que o sangue não circule mais dentro dele.

A grande vantagem do tratamento endovascular, é que uma vez que não manipula diretamente o cérebro, com tudo é feito à distância, a recuperação do paciente é muito mais rápida. Geralmente poucos dias após a cirurgia o paciente já poderá voltar às suas atividades normais.


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